domingo, 21 de junho de 2009

A história de Valtinho Costa



Sua história começou aos 9 anos de idade e hoje é o atual recordista da Drag Light 6 cil. Conheça com as próprias palavras a história de Valtinho Costa: '' Tudo começou com minha mãe. Ela ensinou meu irmão a dirigir! Tinhamos um Opala seis cilindros. Meu irmão já estava satisfeito com a aula. Atazanei tanto minha mãe até que ela deixou eu dirigir o Opalão. Quando arranquei, tinha acelerado tanto que para sair que o ''bicho'' deu um berro e fiz meu primeiro burnout! Não queria mais brincar de nada, só de carro, carrinho de rolimã ou qualquer coisa que tivesse rodas. Aos 12 anos vendi uma bateria e comprei meu primeiro carro. Um Fusca 1952 verde. Um dia fui convidado para assistir um pega de rua na praça Panamericana em São Paulo. Aquilo foi como fogo no palheiro pra mim! Já havia trocado de carro várias vezes: Passats, Brasílias, Fuscas. As noites passaram a ser no Autódromo de Interlagos. Assistia a Carlinhos Savignano, Toninho Leão, César Degreas, Dimas de Mello, etc. Eram meus ídolos nos bons tempos da Arrancada em Interlagos. Depois desse tempo tive Dodge, Opala e acabei montando um Maverick. Trabalhei um ano para vê-lo pronto. Fazia 1,5 km por litro. Doía o coração e o bolso, mas andava na frente de todo mundo. Foi quando apareceu um Voyage turbo nitro. Até vendi o Maverick. Começei a gostar de motos. Eu pensava se cair a 80 km/h, 100 km/h podia me machucar gravemente. Isto eu não queria. Então voltei para os carros turbinados, não importava se era Saveiro ou Gol, o importante era ser bravo! Foi ai que me casei com a dona Claudia. Hoje é ela quem paga meus pneus, metanol, isto sem reclamar. Casei com a mulher certa!
Sempre acompanhei Stock Car, Fórmula 1 e outras categorias de circuito, mas na categoria Arrancada existe algo a mais. A adrenalina é tão grando que você tem vontade de gritar dentro do capacete. Um certo dia apareceu um grande amigo meu. Ele estava com um Fusca turbo. Não aguentei e comprei o carro. Levei o carro para o Sandro Bruno dar uma acertada no brinquedo. Acabei levando o carro para competir na antiga TBOT (Tração Traseira Turbo Original) e não consegui mais parar de andar na Arrancada. Comecei a frequentar a Arrancada em Curitiba. Na época não tinhamos a tecnologia que existe hoje. Um dia, pedi para sentar no Dragster de Toninho Leão. Ele deixou e fiquei ali por alguns minutos. Me senti muito confortável naquele espaço pequeno. Voltei para São Paulo e a primeira coisa que fiz foi procurar o Fifa. Comprei um chassi e sabia o que ia montar. Tive a idéia de montar um motor a ar, mas depois mudei para um motor seis cilindros em linha do saudoso Opala. O escolhido para montar meu motor foi Marcelo Romanholi. A estréia do carro foi no Festival Força Livre em 2005. Levamos o Drag até a pista e enfrentamos todo o tipo de preconceito. O pessoal me chamou para o burnout. Vi todo mundo de pé na arquibancada. Era a primeira vez que um Drag seis cilindros iria andar. Coloquei 1ª marcha, passei pela água e esquentei os pneus. Alinhei, enfiei 2ª marcha e passei que nem bala. Puxei meus dois paraquedas e senti o tranco da desaceleração. Fiquei ali sentado por alguns minutos e chorei. Chorei mesmo, aquilo que eu tanto sonhava estava acontecendo. Naquele Festival virei o tempo de 8,080s. O Savignano veio até mim e me disse: '' Até que não foi tão mal''. Em 2006 tivemos alguns problemas, pois não conseguiamos baixar o tempo do carro. Nestes altos e baixos conheci um grande amigo. Alexandre Garcia Morishita, o Ale da Grid. Fizemos um novo motor, os tempos foram baixando e o resultado foram os campeonatos de 2007 e 2008 e a vitória no 15º Festival Força Livre. Em 2009 começamos com o recorde de César Degreas. Baixamos o tempo nas duas primeiras etapas; na primeira cravamos 7,343s e na segunda 7,184s.
Tenho certeza que teremos muitas alegrias com os carros que estão sendo construidos. Eu mesmo estou montando um outro Dragster e um Opala. Sou muito grato aos amigos mestre Ale, Canudo e Adriano. Meu muito obrigado a dedicação de vocês. Muito obrigado a todos aqueles que acreditam em nossa equipe e no projeto do Dragster seis cilindros. O meu principal agradecimento vai para o pessoal que mais me ajuda e me faz chorar: o pessoal da arquibancada! Agora é rumo aos 6s, se o paizão lá de cima permitir.''
Retirado de: Revista Super Speed

5 comentários:

  1. Belo post, mano... a história é muito boa mesmo.
    Parabéns...

    Abs

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  2. nossa veiooo q legal
    Valtinho é um cara q merece
    parabens por tudoo

    abz
    Pedron

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  3. valeu pessoal, o reconhecimento de vcs é melhor que muitos troféis , t+ ver abraços

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  4. Também sou um apaixonado pela arrancada!!Acompanho desde 1989/1990 mais ou menos,quando andavam o Yastaro com seu buggy,o Aparecido Leão de Chevette 6cc um carro encurtado bem loko!!O dodge dos Irmãos Ferramenta...Bons tempos!!
    Me tornei fã do Valtinho logo de cara!!!Quando ví o "Dragster vermelho" tremeram minhas pernas!!
    Esse vai fazer,aliás,está fazendo sua história na Arrancada Brasileira!!
    Manda a ver Valtinho...Você merece!!!!
    Grande Abraço

    Vandré Nascimento

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  5. BLZ VALTINHO PARABÉNS PELO SEU SUCESSO, E QU DEUS SEMPRE TE DE MAIS E MAIS PQ VC MERECE !! VC ESQUECEU DE COMENTAR DA SUA MOTO DT RSRSRSRSRSRS SÓ TE CONHEÇO A 39 ANOS KKKKKKKK NO PRÓXIMO FESTIVAL VAMOS ESPERAR O SEU TEMPO DE 6.500 SEGUNDOS ATÉ MAIS...
    BY: DE (MONTANEZI)

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